Caixotes de metal são usados para esconder novos radares móveis em São Paulo

Fonte: www1.folha.uol.com.br/cotidiano, em 06/01/2015

06 de Janeiro de 2015 22:21

Os 20 novos radares móveis que a Prefeitura de São Paulo está usando para fiscalizar o trânsito, diferentemente dos aparelhos já instalados sobre tripé, estão escondidos dentro de caixotes de metal.

As estruturas, que servem para proteger o equipamento, acabam ajudando a escondê-los. Além disso, motoristas devem ficar atentos porque nem sempre os equipamentos estão instalados depois das placas que informam sobre a presença de radares.

Os novos não dependem da presença de operadores, como ocorre com os "antigos". Dois aparelhos móveis estavam nesta segunda (05/01) na av. Vereador Abel Ferreira, no Jardim Anália Franco (zona leste), há cerca de 15 dias. Das 7h às 19h, eles fiscalizam excesso de velocidade, rodízio e invasões a corredores.

Motoristas que circulam pela região criticam. O caixa Vitor Amaro, 20, diz que não viu o radar. "Trabalho nessa rua e nem sabia. Ainda bem que tem o boca a boca para ficarmos sabendo."

No sentido centro/bairro, só há placas de limite de 50 km/h. Já no contrário, uma placa de fiscalização aparece 180 m antes do radar.

Desde 2011, resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) anula a obrigatoriedade de aviso de radares, prevendo apenas os de velocidade máxima.

O motorista Josivaldo Veríssimo, 48, também critica. "Radar móvel é estratégia para multar e arrecadar à força."

O visor de um caixote foi quebrado, mas será consertado, diz a fornecedora, Fiscal Tech. Suspensos há três anos, quando venceu o contrato, os radares móveis voltaram a ser usados em agosto.

A CET informa que, dos 607 radares da cidade, 20 são móveis e fiscalizam 96 locais definidos em sistema de rodízio. "É válido destacar a garantia de segurança, fluidez e acessibilidade, considerando o volume de tráfego, índice de acidentes, geometria e tipo de pavimento da via."