Ace compra Chubb por US 28,3 bilhões

Fonte: www.revistaapolice.com.br, em 02/07/2015

Em ativos, a seguradora no Brasil vai superar os R$ 8 bilhões ao incorporar a ChubbO Grupo Ace Ltd. irá adquirir a Chubb Corp. por cerca de US$ 28,3 bilhões, conforme as empresas anunciaram nesta quarta-feira. Assim que o negócio for concluído, no primeiro trimestre de 2016, os acionistas da Ace deterão cerca de 70% da nova companhia. Os acionistas da Chubb ficarão com os 30% restantes.

Operando sob o nome Chubb, a empresa combinada vai se tornar a maior seguradora de property/casualty global, com base nas subscrições de 2014. O total de patrimônio líquido seria igual a quase 46 bilhões de dólares, e investimentos e ativos seria igual a 150 bilhões de dólares, com base nos números de 31 de dezembro de 2014, de acordo com o que as companhias disseram em um comunicado.

Sob os termos do acordo, os acionistas da Chubb receberão 62,93 dólares por ação em dinheiro e 0,6019 em partes de estoque Ace.

Evan G. Greenberg, presidente e CEO da Ace com sede em Zurique, vai se tornar presidente e CEO da companhia combinada, que ficará sediada em Zurique. John D. Finnegan, chairman, presidente e CEO da Chubb, vai se tornar vice-presidente executivo para assuntos externos da América do Norte e vai trabalhar na integração das duas empresas.

“Juntos, Ace e Chubb criarão um líder global em ramos elementares e pessoais e seguro contra acidentes, com um aumento de crescimento e poder de ganho e um equilíbrio excepcional de produtos como resultado de uma maior diversificação, e um mix de produtos com menor exposição ao ciclo de preços do setor”, disseram as empresas em comunicado.

“Estamos muito contentes de anunciar a aquisição da Chubb, uma companhia respeitável com uma grande marca”, disse Greenberg, em comunicado. “Estamos combinando duas grandes companhias de subscrição que são altamente complementares”, acrescentou.

“Nós vamos fazer o melhor para todos e criar uma empresa única em uma classe própria, que tem maior crescimento e poder aquisitivo do que a soma das duas companhias separadamente”, disse Greenberg, em comunicado. “A combinação reúne duas empresas altamente respeitados e bem-sucedidos com capacidades complementares, ativos e posicionamento geográfico”, disse Finnegan no comunicado.

9º lugar em prêmios no Brasil

Após a aquisição a Ace garantiu um novo salto para a companhia no Brasil, que sobe da 12ª para a 9ª colocação, com mais de R$ 2,5 bilhões em prêmios, conforme dados de maio da consultoria Siscorp. É o segundo movimento de aquisição envolvendo a operação brasileira em pouco mais de um ano. Antes disso, arrematou por R$ 1,5 bilhão a carteira de grandes riscos do Itaú Unibanco, desbancando estrangeiras e assumindo a liderança deste setor no País.

Com a Chubb, a Ace dobra seu tamanho em seguro de vida no Brasil e consegue entrar no mercado de alta renda, foco da empresa adquirida. Retorna ainda para o segmento de automóvel no Brasil que tinha recém-descontinuado sob a alegação de não fazer sentido estratégico. Na Chubb, porém, essa é a maior carteira, composta, principalmente, por veículos de luxo e, por isso, mais atrativa que a antiga operação da Ace.

Em ativos, a seguradora no Brasil vai superar os R$ 8 bilhões ao incorporar a Chubb, considerando cálculos preliminares com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Já em patrimônio líquido alcança cerca de R$ 2,5 bilhões. Assim como quando adquiriu a carteira de grandes riscos do Itaú, a justificativa para mais uma aquisição é de que as operações se complementam.

A Ace é forte em afinidades, canal que customiza apólices para o varejo ou empresas, e em grandes contas em setores como vida, patrimônio, responsabilidade civil (P&C), transportes, garantia e linhas financeiras. Já a Chubb tem atuação forte em automóvel, linhas financeiras, acidentes pessoas, vida em grupo e outros.

Passo semelhante deu a SulAmérica que vendeu a carteira de grande risco para a francesa Axa. Já a RSA estuda se desfazer da sua operação na América Latina, incluindo o Brasil. “As companhias precisam de escala para baixar seus custos unitários em um cenário competitivo e ganhar produtividade e eficiência operacional”, avalia Samy Hazan, diretor da Yasuda Marítima Seguros.

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