Ela deixou 20 anos de carreira executiva pelo sonho do próprio negócio - Ana Rita Mello

Fonte: www.infomoney.com.br, por Luiza Belloni Veronesi, em 05/09/2014

Ana Rita Mello proprietária da Nano DocesÀs vezes, é preciso passar por um susto para repensar sobre os rumos de sua vida. Foi o que aconteceu com a publicitária Ana Rita Mello, então diretora de marketing de uma multinacional, quando descobriu sua verdadeira vocação empreendedora depois de passar por um raro tumor de mandíbula.

Ana teve uma trajetória de carreira invejável. Desde universitária, passou por multinacionais como Avon, Souza Cruz e Telesp Celular, nestas duas últimas chegou ao cargo de gerente de trade marketing em poucos anos nas empresas.

No final da década de 90, ela morou por um tempo em Milão, onde teve sua primeira experiência com o que empreenderia 14 anos mais tarde. “Ficava horas na biblioteca lendo receitas e depois ia pra casa para testá-las”, contou Ana. Suas receitas fizeram tanto sucesso na Itália que ela começou a cozinhar por encomenda. “Chegaram a me pedir uma ceia de Natal com comidas típicas brasileiras, como arroz, feijão, farofa, coxinha e empadinha.”

A reviravolta

Ao voltar para o Brasil, em 2001, assumiu a diretoria de marketing e comercial da Portugal Telecom. Sete anos mais tarde, Ana foi surpreendida com um tumor de mandíbula. Segundo os médicos, ela tinha poucas chances de vida. “Fiquei um ano afastada, passando por todas as etapas do tratamento. Neste período estudava a influência dos alimentos sobre as doenças para passar o tempo.”

O que tinha tudo para se tornar um drama na vida de Ana Rita e de sua família, acabou como um divisor de águas em sua carreira. “Comecei a pesquisar tendências de outros países na área de alimentação e descobri as sobremesas vendidas em copos de vidro para consumidores que buscam opções diferentes de alimentos com porções limitadas. E eu pensei ‘tem tudo a ver com o Brasil’.”

Completado nem um ano de volta da licença, Ana pediu demissão da Portugal Telecom para dar início ao seu novo projeto. “Essa foi a primeira etapa da criação da minha empresa. Ela não nasceu apenas pela paixão em cozinhar, mas do sonho também de conseguir colocar na prática o que aprendi em 20 anos de carreira corporativa”, disse.

A partir de 2009, a ex-executiva fez cursos profissionalizantes na área de alimentação e estudou a viabilidade de fazer sua doceria, que chamaria de Nano Doces. Quatro anos mais tarde, a empresa entrava no mercado. No primeiro ano de funcionamento, a Nano já conseguiu mais de 100 clientes, entre restaurantes e supermercados como St. Marche. Até o final deste ano, a doceria espera aumentar para 150 clientes e, nos próximos três anos, faturar R$ 4,2 milhões.

"Não me arrependo de ter aberto mão de uma carreira sólida, de benefícios e salário atraente. Me sinto bem trabalhando com o que gosto e isso não troco por nada", conclui a empresária.

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