Geleia real pode ter a chave para a cura do Alzheimer

Fonte: www.exame.abril.com.br/ciencia, por Ariane Alves, em 08/12/2018

Propriedade da principal proteína da geleia também foi encontrada em humanos.A proteína royalactina, presente na geleia real e responsável por transformar as poucas operárias escolhidas em uma colmeia para se tornarem rainhas, pode ter a chave para o tratamento de várias doenças, incluindo o mal de Alzheimer. A substância já é amplamente vendida como possível ajudante no combate ao envelhecimento, aumento da fertilidade e melhoria do sistema imunológico.

Todos esses benefícios carecem de pesquisas para serem comprovados pela ciência, mas um anúncio recente torna o cenário promissor.

Pesquisadores da Universidade de Stanford publicaram na última terça-feira (04/12/2018) um estudo afirmando que a geleia real possui alto potencial para basear tratamentos para problemas como desgaste muscular e doenças neurodegenerativas, a exemplo do Alzheimer.

O estudo revelou que a royalactina, principal componente da geleia real, é capaz de ativar uma rede de genes que reforça a capacidade de renovação das células-tronco. Ou seja, a importante proteína permite que um organismo produza mais células-tronco que a média, podendo usar as novas células na reparação de danos internos.

Embora ainda não tenham chegado aos humanos, os estudos já provaram que a geleia real pode melhorar o tempo de vida de alguns animais. A equipe de Stanford mostra em sua pesquisa que alguns camundongos tiveram seu tempo de vida aumentado quando em contato com a royalactina.

Após os primeiros resultados, os pesquisadores decidiram investigar se havia alguma proteína de estrutura semelhante nos seres humanos, já que existem proteínas com os mesmos efeitos em espécies distintas. E encontraram. Presente no organismo durante a fase embrionária, a nova proteína é tida como construtora do suprimento de células-tronco no embrião.

Na hora de nomear a descoberta, o coordenador do estudo, Kevin Wang, conta ao The Guardian que sugeriu “Beyoncé” – “um bom nome para uma abelha rainha humana”, afirmou. A cantora pop também é conhecida por Queen Bey, cuja sonoridade se assemelha a “abelha rainha” (“queen bee”, em inglês). Porém, o nome escolhido foi “Regina”, que significa “rainha” em latim.

Proteína pode combater Alzheimer, mas é preciso pesquisar mais

“Nós identificamos uma molécula inicial de auto-renovação que, acreditamos, ajuda a estabelecer as células-fonte de todas as células-tronco embrionárias”, explica Wang. O cientista afirma que a “Regina” poderia inaugurar novos tratamentos para distúrbios causados por células que morrem, como as do mal de Alzheimer, perda de massa muscular e insuficiência cardíaca. Com as próximas pesquisas, a equipe pretende encontrar uma maneira de criar remédios que imitem o comportamento da proteína no corpo, regenerando os tecidos desgastados ou danificados dos pacientes.

Wang não recomenda que as pessoas se antecipem e saiam consumindo geleia real por aí. Testes em produtos comprados on-line descobriram que alguns potes não continham nenhum traço de royalactina, indicando que é preciso ter atenção ao se interessar por produtos que parecem milagrosos.

Fique Seguro: Viva intensamente, estude, trabalhe, divirta-se, mas cuide também da sua saúde, e proteja o futuro da sua família, faça um seguro de vida em www.vidamaissegura.com.br