Imóveis ociosos são transformados em arenas para esportes eletrônicos

Fonte: www.vejasp.abril.com.br/cidades, por Matheus Prado, em 13/09/2019

MAX Arena: espaço de eventos para 4.000 pessoas na Rua da Mooca.Muita gente ainda revira os olhos quando o assunto é esporte eletrônico. Entretanto, assistir a jovens enquanto jogam games se tornou um mercado bilionário. Juntamente com o crescimento da popularidade e da profissionalização do meio, surge uma demanda cada vez maior por eventos presenciais do gênero. Campeonatos, festas e encontros com “atletas” são os formatos mais explorados. As atrações on-line seguem sendo acompanhadas por milhares de pessoas, mas, nas iniciativas da “vida real”, há a possibilidade de cobrar ingressos, que, na maioria das vezes, se esgotam rapidamente. Para se ter uma ideia da crescente dimensão do segmento, cerca de 9 000 pessoas lotaram a Jeunesse Arena, no Rio, no sábado (07/09/19), para acompanhar a final do Campeonato Brasileiro de League of Legends. O mesmo já havia ocorrido em outros anos no Mineirinho, em Belo Horizonte, e no Ginásio do Ibirapuera e no Allianz Parque, em São Paulo.

Observando esse movimento, empresários de diferentes áreas decidiram transformar galpões ociosos em São Paulo em arenas com estrutura para receber iniciativas desse tipo, equipando-os com elaborados sistemas de som e vídeo. “As transmissões na internet continuam sendo nosso produto principal, mas temos outras táticas para engajar o público”, diz Roberto Lervolino, gerente-geral da Riot Games no Brasil, desenvolvedora do jogo League of Legends.

A Rua da Mooca, na Zona Leste, abriga um conjunto de cinco galpões, em uma área de mais de 6 000 metros quadrados. Ali funcionava uma fábrica de carros na década de 50 e, desde o início de 2010, o lugar se via vazio. Inaugurada nesses imóveis em 2016, a MAX Arena recebe até 4.000 pessoas. Um dos responsáveis pela empreitada, Vinicius Prado conta que sua experiência como intermediador de transações da RedeTV! fez com que ele apostasse na área. “Estamos vendo essa migração da audiência da televisão para a internet. É a tendência. Encontramos esse galpão abandonado e decidimos investir”, diz. Espaços de dimensões parecidas chegam a custar 20 milhões de reais na região.

Com recintos menores, outras marcas oferecem polivalência para atrair clientes. No vizinho Brás, encontra-se mais um galpão transformado em arena, esta inaugurada no ano passado. Leo De Biase, um veterano que trabalhou para multinacionais do segmento durante muitos anos, viu que poderia ampliar seu ramo de atuação com uma nova empresa. Criou, então, a Bad Boy Leeroy, ou BBL, em parceria com sócios como Tutinha, da rádio Jovem Pan. A empresa hoje tem mais de 100 funcionários. Ele estima que o investimento tenha girado em torno de 5 milhões de reais e que a BBL valha agora pelo menos cinquenta vezes esse valor. Isso porque, além dos campeonatos sediados ali, a marca organiza festas e terceiriza o ambiente para outras companhias. Também aposta na produção de conteúdo.

Nessa mesma toada, o publicitário Rodrigo Rivellino, fundador da agência Aktuellmix e fundador e CEO da NøLine, na Zona Oeste, aproveitou um galpão de sua empresa que servia de despensa para construir a Live Arena. O endereço criado em 2017 sediou mais de quarenta eventos no ano passado, entre competições, cursos presenciais e gravações de programas e quadros ligados ao universo dos esportes eletrônicos. Para alugar o local, cada interessado desembolsa de 8 000 a 50 000 reais, dependendo da estrutura necessária.

Com três casas estabelecidas, São Paulo vai ganhar mais um complexo voltado para os esports em 2019. Trata-se do On e-Stadium, na Aclimação, fundado por três irmãos. Deve ocupar o lugar de uma antiga loja da papelaria Kalunga e oferecerá, além da arena, cursos de formação na área, em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

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